terça-feira, 29 de abril de 2008

ESPERANÇA


Ela está bem à frente.
Ali.
Não tem parentes, não tem mãe nem pai.
Às vezes é verde.
É tão complicada.
Dizem, que é a última a morrer.
Esperança. Não sei se ela é a última que morre.
Mas sei que eu deveria acreditar nela.
Mas acho que às vezes ela atrapalha muito.
E na maioria do tempo ela interrompe a minha vida como um ciclone
E faz tudo parecer tão fácil.
Mas ela deve entender que as coisas não são.
Poxa, Esperança, não faça mais isso.
Ela fica esperando a gente cair pra aparecer.
Quando estamos perturbados e confusos, ela chega
Toda-toda...
Achando que tudo pode resolver.
Mas Esperança não sabe?
Pepê, você não resolve nada. Você não faz nada.
Você é um subterfúgio de sua superior, a Fé.
E da fé ninguém pode correr. Mas de você eu tento.
Porque você me trai.
Porque você só vem pra me fazer melhorar e depois some.
Trazendo seus amiguinhos chatos, a angústia, a dor...
Esperança. Chega! Não quero mais ver você.
Não quero mais sentir seu cheiro, ouvir tua voz.
Não quero dormir e acordar com você.
Pára! Esperança! Some!
Nosso caso acabou...
Não quero mais ver a sua cara.
Você é insistente demais, você está me fazendo mal.
Ah, Esperança...Já que você é a última a morrer...
Pronto. EU MATO!

Um comentário:

Anônimo disse...

Existem momentos sim que a melhor alternativa na vida é realmente Matarmos a "abençoada" da esperança...


Um grande abraço amigo...
Ótima semana!