segunda-feira, 29 de setembro de 2008

5 contra 1




Queria ser um superherói
Não deu certo!
Não deu certo ter o amor que eu quis
Os que inventei
Os que inventei, foram casos.
Casos errôneos e mal passados
Passados esses errôneos casos
Não me casarei portanto.
Queria ser um astro.
Não consigo estrelar sequer minha vida
Sigo coadjuvantemente na trilha da minha fama
Não como, isso... não como ninguém...
Não, não faça pouco caso.
É, não caso.
Queria ser rei,
Mas não herdei coroa,
Também os que encontro na rua
São rainhas loucas, casos.
Queria castigar e ter poder
Me ferro. De castigo penso,
No poder de ficar calado, querido e amado
Virtualmente, safado.
No poder da vontade,
Super- herói
Com heroísmo levanto e vivo.
Não caso, não reino, não salvo,
Não estrelo.
Mão. Mãos pra que te quero.

quinta-feira, 25 de setembro de 2008

UM ARAUTO


Seja bravo, e não diga apenas que ama. Ame-o. Ame-a.

Da maneira que quiser e entender, mas ame. Bravamente. Com Bravura sinta-se honrado e pleno. Com Bravura encare seus medos e receios. Encare com Bravura cada uma das suas diferenças. Hoje não tenho amor dedicado. Não tenho aquele amor do matrimônio. Amo os que amo. Mas não é de amizade, ou de família que falo. Falo falicamente do amor.

Não sei se amarei alguém tão cedo, mas tarde da noite revelo a esperança de poder amar novamente.

Uma saudação aos amantes!

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Ego - ísmo



Ego é o centro da consciência inferior, diferente do Eu que é centro superior da consciência. O Ego é a soma total dos pensamentos, idéias, sentimentos, lembranças e percepções sensoriais. É a parte mais superficial do indivíduo, a qual, modificada e tornada consciente, tem por funções a comprovação da realidade e a aceitação, mediante seleção e controle, de parte dos desejos e exigências procedentes dos impulsos que emanam do indivíduo. Obedece ao princípio da realidade, ou seja, à necessidade de encontrar objetos que possam satisfazer ao id sem transgredir as exigências do superego. Quando o ego se submete ao id, torna-se imoral e destrutivo; ao se submeter ao superego, enlouquece de desespero, pois viverá numa insatisfação insuportável; se não se submeter ao mundo, será destruído por ele. Para Jung, o Ego é um complexo; o “complexo do ego”. Diz ele, sobre o Ego: “É um dado complexo formado primeiramente por uma percepção geral de nosso corpo e existência e, a seguir, pelos registros de nossa memória. (wikipedia)

Estou às vezes divagando pelos quatro cantos acerca deste assunto de alta periculosidade. Instituo agora uma prisão, um presídio de segurança máxima, lá prenderei os egoísmos sob pena de morte. Um corredor, que leve a uma injeção letal para que o egoísmo morra rápido. Não precisa de dor. Eu insisto para que você mate o seu, elimine-o.

Em qualquer lugar, em qualquer roda social, acredito que surjam desavenças por conta dos egoísmos. Em arte, geralmente falamos em EGO.

E por isso no meu meio tenho visto, por demais, EGOs incríveis e indivíduos cometendo estrelismos fora de seus padrões.

Acredito numa força maior da arte, que ela é feita por indivíduos que possuam características para seu feito. O contemplador deve olhar para a obra, seja ela de qual for o gênero, e ver por detrás do suporte que há alguém fascinante ali, que os artistas estão nesse patamar etéreo, que são símbolos do novo, do autêntico e do vívido. Que são pessoas que têm suas neuroses e normalidades, mas são seres de inestimáveis curiosidades, com reflexões acima do senso comum. São questionadores e metafísicos. Chapados, putas e viados. Que a arte pondera entre o ser louco e o ser humano.

Acredito em uma guerra da arte , contra a arte. Acredito que os artistas hoje, são caretas, como diz Gerald Thomas, e são às vezes, menos interessantes que a platéia. Acredito que a globalização, o achatamento da vanguarda, a reinvenção constante da tecnologia, e outros milhões de fatores, reproduziram seres em série, o que planificou o pensamento. Mas eu não me rendo! Ponho meu ego na minha prisão particular, entendo que tudo não passa de uma vontade egressa que evade meu peito e vai para o palco, como orientador e motivador, que segue firme na tentativa de consolidar uma instituição de seres que discutem coisas ímpares, que vivem extremos deliciosos, que sabem aproveitar as minúcias das situações, corriqueiras ou não. Sigo de cabeça erguida, orando a Dionísio, Baco, Turma da Mônica, o que for... Para que me dê paciência, e não força, senão mato um!

Pedido: Larguem seus egos e deixem de ser chatos.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

ODEIO O MEIO - FRAGMENTO




Odeio o meio! O que o meio tem a ver com isso? Porque tudo tem um meio! Até a menor unidade de qualquer coisa pode ser dividida ao meio! Quer me pegar? O átomo! Claro, não pode ser dividido ao meio, mas no meio do átomo estão os prótons e neutrôns! Que causaram o estudo da quântica! O meio é a parte chata, é a parte agonizante, a parte sufocante, conflitante! O meio sempre é a pior parte. Pensem! Reflitam! O meio do corpo humano, é a parte que nos remete a perder a razão, sentir tesão e cometer sérios abusos à nossa religião! O meio é podre! O meio da terceira ponte ou da Rio Niterói! É a parte mais alta, mais perigosa, a parte mais usada para suicídios, homicídio de si próprio!
O meio é sempre a parte invadida, intrometida, encarecida de carinhos, precisada de curativos. O meio é a ferida da nossa fraqueza é o alvo da nossa presa.... não gosto nem de pensar! O meio é.... odiado! O meio necessita de mordidas , lambidas... Ah, e as mordidas servem pra que? Pra deixar o nosso meio louco, transtornado, nosso sêmen multiplicado e ejaculado. Odeio a mordida, que é subitamente repelida, jogada fora com muito ódio e repúdio. Mordida dói, machuca, usa os dentes que marca, demarca território. Odeio a mordida na nuca, na barriga, ai, na coxa. Pára, mordida! Vou gozar! Meu corpo odiado não vai agüentar, esse seu calor odiado com fervor, com saliva ardente no meio da minha parte dormente! Pare! Se não eu te mordo!

BLOG TEATRO CAPIXABA


No Blog Teatro Capixaba, há informações e notícias do cenário artístico e teatral do Espírito Santo.


Preparei a nova arte do blog do meu amigo e colega de elenco André Luz.


http:\\teatrocapixaba.blogspot.com

sábado, 6 de setembro de 2008

Tá, bom.


De certo só posso respirar e ver...
Ver as coisas darem certo
E torcer pra que tudo conspire ao meu favor.
Posso respirar e sorrir aliviado quando nada dá errado
Em uma semana turbulenta e imprecisa.
Olho pra todos os lados e me angustio quando vejo que não tropeço, não sou xingado ou assaltado.
É estranho olhar pra cima e ver que nada caiu ainda em minha cabeça.
De certo, respiro e volto a caminhar transeuntemente (sic) olhando para as pessoas
Aguardando um olhar maldoso, malvado ou de um cara mau.
Já que está tudo tão bom,
Procuro cantadas, leves sorrisos ou perdições.
É, a vida não está tão benevolente!
Volto do ponto de partida, ouço, ou leio, uma mentira:
A minha.
Nada é tão bom quanto parecia.