sexta-feira, 18 de abril de 2008

O CONTEMPORÂNEO TEM MEDO DE SER CONTEMPORÂNEO


Não tenhamos medo! Não tenhamos medo de falarmos de nossas obsessões em público. Não tenhamos medo de interpretá-las. Não tenho medo. Não quero ter. Precisamos nos comunicar e dizermos o que achamos importante, da maneira que apreciamos e favoritamos(sic). Quero ver e assistir espetáculos híbridos, originais em argumentação estética. Quero ver emoção, por que ela será genuína. Quero transmitir a verdade que me faz parte, aos outros. A crítica não vai gostar. Os olhos críticos não gostam de ouvir a sua própria hipocrisia. Abaixo a arte demagoga, flácida e relaxada. Precisamos falar as coisas como nós ouvimos e da maneira que nos comunicamos. A poesia intrínseca.
Precisamos implodir os paradigmas e pragmas. Quero poder fazer arte pura e singela. Quero que meus atores entendam que esse é meu trabalho agora. É voar. Dentro dos nossos limites e limitações. Dentro de nossas expectativas, superá-las. Quero poder estar no palco e ter orgulho do que pratico, por saber que é ousado, autêntico. Nada é novo. Mas tudo pode ser autêntico, digno, responsável, cuidado. Tudo pode ser um ritual. Tudo pode ser uma exceção. O contemporâneo está com medo de ser contemporâneo e o moderno está ainda fazendo o seu. Acho que o contemporâneo é tão pós moderno que não impõe mais suas predileções, e impor é moderno. O que fazer? Faça arte. Mas faça arte. Agora eu entendo, o que me disseram na minha primeira direção. Fiquem calmos veteranos, já entendi. Estou começando a perceber o que é fazer teatro na e para contemporaneidade. Mas eu volto a falar disso...

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