sábado, 11 de abril de 2009

A Grande Maldição

A arte de um modo geral é uma práxis complicada.
Cheia de contornos substanciais e drásticos.
A arte teatral não fica de fora, permanecendo em destaque em um dos afazeres mais delicados e complicados do planeta.
Demanda coragem, ousadia e paciência, muita paciência. Demanda conhecimento, sim. Mas acredito que demande certo tipo de pasmaceira, idiotice, lerdeza. Uma idiossincrasia esquisita, esquisitíssima. Demanda uma caretice? Não, pelo contrário. Demanda não ser didático para com os outros? Odeio para na terceira pessoa. Então, o que fazer? como falar?Como dirigir?
Alguns me perguntam se sou diretor, digo que não. Não sei dirigir, estou aprendendo a encenar, talvez. Ou a provocar a encenação, ou provocar o ego e a particularidade criadora de cada atuante. Durante qualquer processo criativo, lidamos com diversas pendengas, e o diretor morre, fadiga, escorre entre nossos dedos, ficando apenas o homem, cansado... Esperando alguém não dependê-lo tanto. Dependendo pouco do diretor.
Pelo logismo, diretor é quem dirige. Correto! Mas e se ele co-dirigir? Co-pilotar? Ele é diretor ainda? E se ele propuser a encenação? E se não propor?
E se acaso pense, ele apenas semeie? Ele é plantador? Lavrador? Fordista? Ele é um cubista. O diretor renasce , então ele é uma fênix? E o ator? Faz o que? O ator Cria. Certo. Então o ator é Deus. Mas o ator reclama tanto, chora tanto, faz tão pouco. E o ator agora é quem? Judas? E cadê o diretor para acudir? Está rezando a Deus. Mas deus não era o ator? Ih, me perdi. Deixa eu procurar uma direção.
O ator dirige o diretor... É isso? Ih, não, não é.
Então que maldição é essa?
em breve deixarei de perguntar!

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