domingo, 28 de março de 2010

Nunca mais se apagará, jamais!






















Após um ano de temporada. Equipe de 20 pessoas. Dois anos de trabalho para tirar do papel um sonho. Que finda.
"Boulevard, 83"não foi somente um espetáculo. Foi um sinal, de que o mercado das artes cênicas no Espírito Santo precisa mudar. Considerado o melhor espetáculo capixaba de 2009, pelo Prêmio Omelete Marginal, a montagem estreou no início de 2009 com pouca pretensão, principalmente por se tratar de um musical off broadway numa cidade em que as pessoas nem sabem onde ficam os teatros.












Agradeço aos artistas e técnicos que participaram desta empreitada, que sem dúvida, foi uma das mais recompensadoras da minha vida. Este projeto é resultado de uma pesquisa histórica e estética realizada por mim e pelo GTE, trouxemos para o palco músicas cantadas ao vivo, compostas por um reluzente brilhantismo de Elenísio Rodrigues. Amores, desamores, paixões e desafetos. Brigas, choros e velas. Reconciliações, ternuras, panelas, e desfechos. Partidas, idas e vindas.












Vermelhos, liláses, amarelos e lazuli.












O "Boulevard,83" possui uma interminável gama de cores e de sentimentos. Artistas de arquétipos dos mais variados, facetas. Malandragens. Posui em todo seu resto garra, competência e luta. Possui um olhar tardio, ressucitado, jovem e cansado. É moderno, contemporâneo e ultrapassado. É teatro.












Um dos maiores orgulhos da minha vida e poder contar durante todo esse tempo, com uma pessoa em especial, a quem sempre dediquei esta peça, e dedico o sucesso, e agora que fecho o BLVD digo que o prazer foi meu Luana Eva, e que muitos outros venham a brilhar junto com o Boulevard. Mesmo assim sei que dirás que rima empobrece o texto.



























Agradeço muito a todos que contribuíram com tudo, aos amigos e aos invejosos, aos que estudam e aos ignorantes, aos inanimados seres da minha vida, aos meus cães e principalmente aos meus atores. Que podem morder.


Certamente.



sábado, 27 de março de 2010

PACIFIC DINER VOL 1


Não é uma questão de haver pouca esperança, não, não é.

É um fato , a distância sempre nos aproxima das nossas paixões... Ou até mesmo as cria. desenvolve, multiplica. Quanto maior a impossibilidade, maior é o desejo, o sonho .
A inspiração ocorre justamente quando nada é pacífico, quando nada está calmo, é do caos que surgem as melhores coisas, acredito.

É como também o amor. um oportunismo sem fim. Na verdade, creio que amar esteja dentro dessa mini-teoria. Quanto mais isolado, sozinho, triste e sem pretensões, a vontade por ele aparece. De achar alguém , encontrar, ter pra chamar de seu. E quando consegue: puft! Agora quer casar! Ou ter 14 filhos. Se for gay, solicitar ao Estado a união estável, se feia, quer um marido bonito, se o cara é gay, quer que um hetero o olhe diferente . As vontades estão ficando fora de alcance , ou realmente essa é a história real, o alcance é que determina as vontades.

talvez seja.

Mas e se no menu , não tem nada que te sirva? Que te satisfaça? E se não há nada que possa saciar o seu apetite? o que vai querer? provavelmente o que é servido do outro lado da cidade , depois de uma extensa ponte com pedágios e engarrafamentos. a satisfação da clientela, perpassaria estar perto dos seus clientes e oferecer serviço completamente variado?

Acho que estamos nos mastigando. Brigando com o nosso destino o tempo todo, incluindo nossas aventuras numa longa lista de espera. estamos procurando emprego onde não há vagas para nossa formação. estamos querendo comer lagostas, em churrascarias, queremos ser cultos em danceterias, queremos ser alvo de cantadas em igrejas, queremos rezar a deus nos teatros, queremos ir ao cinema e fazer barulho, queremos andar no ônibus de graça, queremos ser felizes onde só há desgraça?

que diabos pode estar faltando? será que o mundo foi sempre assim? Será que nada nunca esteve a altura dos nossos desejos? Será que é isso que nos torna humanos?

Ou será somente uma parada num restaurante com um menu errado?

segunda-feira, 22 de março de 2010

Conjunto Vazio


De todas as coisas que eu queria escrever ou falar de tudo que penso. Resta apenas uma coisa:


O VAZIO.


Desse vazio, é bem verdade, podem surgir milhares de resultados filosóficos, dramáticos, verborrágicos. Mas nenhum teria o exato teor. A dor do consumo dessa alma.


Talvez seja desse vazio, desse caos absoluto que eu deva tirar proveito para fazer o que sei fazer de melhor.


Nessa teoria do vazio, reclamo: o que há de tão importante no preenchimento... das emoções

dos sentimentos vis, do ódio. E se vivessemos cada dia... Só o dia. Só o minuto. Ainda é vazio?


O conjunto vazio matemático, não possui conteúdo, mas possui limite. E esse limite não seria um importante conteúdo desse vazio? Essa borda? Não intriga? Essa borda tem um valor, não?


Como se chamaria? O conjunto vazio da borda. Então o conjunto não é vácuo. Ele tem limitações, direitos e deveres , não pode pegar elementos de outro vazio, uma vez que deixaria de sê-lo em essência.


Muito bem. Essa essência. Vamos ver. Ela faz parte do etério, do volátil. Ela apenas identifica como, mas ainda deixaria-o vazio? Conjunto solitário, que tem essência, borda, limites, limitações, direitos, deveres, e ainda sim chama-se vazio.


O nome chamado não foi o ideal. Prefiro chamá-lo de Conjunto sem valor. Isso. Por que ele não possui valores em seu interior, ele não tem dados estatísticos contábeis (sic) que possa defini-lo como um conjunto habitado. Ou de fato, o vazio seja uma metáfora identificadora de seu valor, para qualquer outro conjunto.


E a essência. Se esse conjunto for tridimenssional, a essência é um elemento a ser contado. Não falo do odor, falo dessa essência. Complico-me agora. Essa essência, não é física. Não.


Penso nos direitos e deveres do nosso amigo vazio. De não ultrapassar a borda de outros, não passar dos seus próprios limites, cuidar somente do seu pequeno feudo sem elementos, tem o direito absoluto pela sua propriedade, mas não pode sofrer interferência desde que aceite-a. Da mesma forma que qualquer outro conjunto vazio ou não, tenha esse direito. E ainda, cada conjunto possui uma certa essência que definiria seus valores, mesmo estando vazio, sua pele se encostar em outra garantiria o sucesso de uma união agregando... valores.


É disso que estou falando então? Valores! Que idiotice tamanha a minha subestimar o meu amigo Conjunto, de achar que ele não entende ou não sabe que mesmo estando vazio, ou que vazio seja a maneira de identificá-lo pela essência, encostado em alguma outra borda, não interfere na borda ou no conjunto de ninguém, exceto em seu próprio território e no do seu vizinho, numa possível união de vazios com algum valor.


Mas o Conjunto. O da borda, que é vazio, pode e deve, é claro, se for de sua vontade, tentar todos os dias se tornar um conjunto cheio. Repleto. Mas nunca conseguirá porque a sua essência, ainda o deixará, do mesmo jeito: vazio!



A inexistência de valores para qualquer conjunto deixa até a mais vistosa borda isolada. De qualquer maneira, Conjunto sempre estará sozinho.

Sobre o meu.




Agora toda vez que eu dormir


demoro horas tentando me despir das tuas roupas


me limpar do teu suor


do teu perfume


dessa sua pele


do teu corpo todo


sobre o meu.




Sei que logo estará de volta. Um beijo!

quinta-feira, 4 de março de 2010

Boulevard 83 encerra temporada no Teatro Marista



Para encerrar a temporada do espetáculo Boulevard 83, o grupo Teatro Empóriofará as suas cinco últimas apresentações no mês de março, a partir dopróximo final de semana.A montagem foi uma das que mais se destacou no ano de 2009 e, com plásticaousada e um texto bastante criativo, recebeu o título de Melhor Espetáculodo Prêmio Omelete Marginal.Boulevard 83 transita por diversas escolas teatrais, mas concentra-se,principalmente, no realismo fantástico e na comédia bufa, chegando a umamistura excêntrica de gêneros, que rendeu primeiro lugar em cinco categorias– Melhor Espetáculo, Melhor Direção, Melhor Trilha Sonora, Melhor Figurino eMelhor Cenário – no 1º Festival Nacional de Comédia de Alegre (Fenaco).A sofisticação e o glamour dos veludos, plumas e meias arrastão típicos doscabarés franceses das décadas de 20 e 30 do século passado incrementaram omusical que contou com 12 composições norteadas por jazz, blues e regtime.Cerca de 70 profissionais estão envolvidos no espetáculo que levou,aproximadamente, dois anos para ficar pronto. Para assistir as últimasapresentações de Boulevard, 83 basta trocar um quilo de alimento nãoperecível pelo ingresso na bilheteria do Teatro Marista uma hora antes decada sessão.






Temporada: 6 e 7; 13 e14; e 20/3

Teatro Marista – Rua Antônio Ataíde, 879, Centro, Vila Velha / Tel.: (27)
4009-4211/9922-1722

Horário: 19h

Duração: 120 minutos

Classificação: 14 anos

Valor: 1 quilo de alimento não perecível



*Mais informações à imprensa***

Elayne Batista

M3 Comunicação

(27) 9848-9901

Boulevard 83 encerra temporada no Teatro Marista



Para encerrar a temporada do espetáculo Boulevard 83, o grupo Teatro Empóriofará as suas cinco últimas apresentações no mês de março, a partir dopróximo final de semana.A montagem foi uma das que mais se destacou no ano de 2009 e, com plásticaousada e um texto bastante criativo, recebeu o título de Melhor Espetáculodo Prêmio Omelete Marginal.Boulevard 83 transita por diversas escolas teatrais, mas concentra-se,principalmente, no realismo fantástico e na comédia bufa, chegando a umamistura excêntrica de gêneros, que rendeu primeiro lugar em cinco categorias– Melhor Espetáculo, Melhor Direção, Melhor Trilha Sonora, Melhor Figurino eMelhor Cenário – no 1º Festival Nacional de Comédia de Alegre (Fenaco).A sofisticação e o glamour dos veludos, plumas e meias arrastão típicos doscabarés franceses das décadas de 20 e 30 do século passado incrementaram omusical que contou com 12 composições norteadas por jazz, blues e regtime.Cerca de 70 profissionais estão envolvidos no espetáculo que levou,aproximadamente, dois anos para ficar pronto. Para assistir as últimasapresentações de Boulevard, 83 basta trocar um quilo de alimento nãoperecível pelo ingresso na bilheteria do Teatro Marista uma hora antes decada sessão.



Temporada: 6 e 7; 13 e14; e 20/3Teatro Marista – Rua Antônio Ataíde, 879, Centro, Vila Velha /
Tel.: (27)4009-4211/9922-1722
Horário: 19h
Duração: 120 minutos
Classificação: 14 anos
Valor: 1 quilo de alimento não perecível
Mais informações à imprensa:
Elayne Batista
M3 Comunicação
(27) 9848-9901