sábado, 27 de março de 2010

PACIFIC DINER VOL 1


Não é uma questão de haver pouca esperança, não, não é.

É um fato , a distância sempre nos aproxima das nossas paixões... Ou até mesmo as cria. desenvolve, multiplica. Quanto maior a impossibilidade, maior é o desejo, o sonho .
A inspiração ocorre justamente quando nada é pacífico, quando nada está calmo, é do caos que surgem as melhores coisas, acredito.

É como também o amor. um oportunismo sem fim. Na verdade, creio que amar esteja dentro dessa mini-teoria. Quanto mais isolado, sozinho, triste e sem pretensões, a vontade por ele aparece. De achar alguém , encontrar, ter pra chamar de seu. E quando consegue: puft! Agora quer casar! Ou ter 14 filhos. Se for gay, solicitar ao Estado a união estável, se feia, quer um marido bonito, se o cara é gay, quer que um hetero o olhe diferente . As vontades estão ficando fora de alcance , ou realmente essa é a história real, o alcance é que determina as vontades.

talvez seja.

Mas e se no menu , não tem nada que te sirva? Que te satisfaça? E se não há nada que possa saciar o seu apetite? o que vai querer? provavelmente o que é servido do outro lado da cidade , depois de uma extensa ponte com pedágios e engarrafamentos. a satisfação da clientela, perpassaria estar perto dos seus clientes e oferecer serviço completamente variado?

Acho que estamos nos mastigando. Brigando com o nosso destino o tempo todo, incluindo nossas aventuras numa longa lista de espera. estamos procurando emprego onde não há vagas para nossa formação. estamos querendo comer lagostas, em churrascarias, queremos ser cultos em danceterias, queremos ser alvo de cantadas em igrejas, queremos rezar a deus nos teatros, queremos ir ao cinema e fazer barulho, queremos andar no ônibus de graça, queremos ser felizes onde só há desgraça?

que diabos pode estar faltando? será que o mundo foi sempre assim? Será que nada nunca esteve a altura dos nossos desejos? Será que é isso que nos torna humanos?

Ou será somente uma parada num restaurante com um menu errado?

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