De todas as coisas que eu queria escrever ou falar de tudo que penso. Resta apenas uma coisa:
O VAZIO.
Desse vazio, é bem verdade, podem surgir milhares de resultados filosóficos, dramáticos, verborrágicos. Mas nenhum teria o exato teor. A dor do consumo dessa alma.
Talvez seja desse vazio, desse caos absoluto que eu deva tirar proveito para fazer o que sei fazer de melhor.
Nessa teoria do vazio, reclamo: o que há de tão importante no preenchimento... das emoções
dos sentimentos vis, do ódio. E se vivessemos cada dia... Só o dia. Só o minuto. Ainda é vazio?
O conjunto vazio matemático, não possui conteúdo, mas possui limite. E esse limite não seria um importante conteúdo desse vazio? Essa borda? Não intriga? Essa borda tem um valor, não?
Como se chamaria? O conjunto vazio da borda. Então o conjunto não é vácuo. Ele tem limitações, direitos e deveres , não pode pegar elementos de outro vazio, uma vez que deixaria de sê-lo em essência.
Muito bem. Essa essência. Vamos ver. Ela faz parte do etério, do volátil. Ela apenas identifica como, mas ainda deixaria-o vazio? Conjunto solitário, que tem essência, borda, limites, limitações, direitos, deveres, e ainda sim chama-se vazio.
O nome chamado não foi o ideal. Prefiro chamá-lo de Conjunto sem valor. Isso. Por que ele não possui valores em seu interior, ele não tem dados estatísticos contábeis (sic) que possa defini-lo como um conjunto habitado. Ou de fato, o vazio seja uma metáfora identificadora de seu valor, para qualquer outro conjunto.
E a essência. Se esse conjunto for tridimenssional, a essência é um elemento a ser contado. Não falo do odor, falo dessa essência. Complico-me agora. Essa essência, não é física. Não.
Penso nos direitos e deveres do nosso amigo vazio. De não ultrapassar a borda de outros, não passar dos seus próprios limites, cuidar somente do seu pequeno feudo sem elementos, tem o direito absoluto pela sua propriedade, mas não pode sofrer interferência desde que aceite-a. Da mesma forma que qualquer outro conjunto vazio ou não, tenha esse direito. E ainda, cada conjunto possui uma certa essência que definiria seus valores, mesmo estando vazio, sua pele se encostar em outra garantiria o sucesso de uma união agregando... valores.
É disso que estou falando então? Valores! Que idiotice tamanha a minha subestimar o meu amigo Conjunto, de achar que ele não entende ou não sabe que mesmo estando vazio, ou que vazio seja a maneira de identificá-lo pela essência, encostado em alguma outra borda, não interfere na borda ou no conjunto de ninguém, exceto em seu próprio território e no do seu vizinho, numa possível união de vazios com algum valor.
Mas o Conjunto. O da borda, que é vazio, pode e deve, é claro, se for de sua vontade, tentar todos os dias se tornar um conjunto cheio. Repleto. Mas nunca conseguirá porque a sua essência, ainda o deixará, do mesmo jeito: vazio!
A inexistência de valores para qualquer conjunto deixa até a mais vistosa borda isolada. De qualquer maneira, Conjunto sempre estará sozinho.
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