ventania dentro do meu corpo ecoa dá voltas mas não vaza nada deste receptáculo incólume fecho todas minhas ânsias e desejos numa agonia profunda que requer sanidade para manter me vivo a poesia execreda de meus pés e as cores vivas que saem da minha boca colorem a profundeza que meus olhos não podem mais enxergar a doença me toma por todas as partes o ódio transtorna meu paladar que só sente o gosto férrido do sangue que escorre pelo queixo até tocar a barriga quando fico na horizontal onde olho por meio das paredes respingadas o que realmentente não fiz tudo se esvai diante da vontade plácida de rever o que exatamente eu não tive coragem de realizar e se me permito ao erro persigo não obstante da reação e descubro que mesmo que possa fazer qualquer coisa mesmo que o destino me deixe prostrado em relação ao futuro entendo finalmente que só me fodo
segunda-feira, 20 de setembro de 2010
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