quinta-feira, 18 de junho de 2009

OBRIGAÇÃO


Tenho uma velha obrigação que não me larga
Não é regra, não ensangüenta
É sempre na hora de inventar ...
To louco pra escrever, mas o que?
Não sei.... .... .... breve gesto de silêncio
- pausa dramática –
Um olho esquerdo de alguém arregala-se, alarga-se o sorriso
Sobre-finge(sic) espanto e fala com impostação:
- E por que não escreveria?
A alma é muda e imoral
E as mãos?
Trêmulas e loucas
Se servem de imediatismo químico e se propõem á tinta
Entretanto tanta força não há!
Vai, escreva dadaísta dos quintos!
Me ponho.
inferno
Mas está sem nexo.
n-e-x-o
- pausa dramática –
Observo a luz
Quero fazer filme. O olhar do cineasta... blá... blá.
A perna esquerda balança, com direito a um generoso Souza cruz
Me arrebento dentro, olho pra fora
Descubro umas palavras:
- porra, sinto como fosse explodir de desejo...
Mas a dúvida invade e já me faz chorar há dias!
Me cego talvez de burrice
Intolerância muda de toda minha castidade inútil.
Me infernizo com toda a minha parafernália catártica de controle sentimental.
Me pego com a mão no sexo, sentado à direita do senhor todo poderoso: CPU
Cú. Não entendo, de tudo que é criativo que penso. Nada- escrevo.

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