Me impressiona as características do ator contemporâneo. Esse que está aí nos dias de hoje, de ontem etc.
Difícil. Não sabem o que estão fazendo. Perdidos na ribalta, não conhecem a sua profissão. Ou por serem jovens, rebeldes sem calças de baixo, vivem achando que tem tudo na mente. Mas só as idéias são perfeitas, como todo ideal.
Antes, eu me deparava com velhas frases de veteranos, dizendo que o Teatro era isso ou aquilo, em voz alta... Eu ouvia e pensava que eles estavam com medo de perder o lugar... Mas vejo que se incomodam mesmo em não perder o lugar. Ou se perderem para quem não merece, ou não lutam para tê-lo. Certo que há maldade em alguns. Mas há mais burrice e preguiça dos novatos, dos meus contemporâneos. Vejo um bando desgovernado querendo uma agitação. Vejo um bando esfomeado querendo arte e sem ação. Vejo falta de estrutura, em meio à maconha e à dispersão. Vejo atitudes panfletárias. Observo filósofos sem futuro que na onda da sorte obtém um mínimo trabalho e pensam estar prontos para um mundo talentoso, forte e coeso dos que já conquistaram a fórmula.
E a fórmula é o prazer. É poder ao final de uma hora e meia ao menos, agradecer aos aplausos e saber que você nasceu, viveu e morreu durante aquele tempo. Saber que você em pouco tempo pôde ser brilhante, e ser brilhante no fator de brilho mesmo, de luz e não de grande “dom” ou “talento”. Por favor, ator... “dom” não existe.
Não existe paciência. O teatro é cruel. Inclusive com esses “meias-taças” que não entendem já na velhice que o teatro é jovem, fresco... Mesmo feito por mais de 1000 anos.
Existe um teatro real. Uma vida dedicada a arte. Onde apenas a dedicação e o entendimento podem fazer parte. É preciso uma luta para o teatro se locomover. É preciso compromisso, agilidade e honra. É preciso fazer o que for, e não se enganar, assaltar a sorte.
É preciso violentamente rugir e conseguir o seu espaço, trabalhando! Aparecendo, formulando idéias, vendendo idéias, fazendo a platéia se apaixonar.
O público está morrendo... E não há sementes para plantar. Os atores não gostam de teatro. Porque não o entendem. Os atores não estão sabendo fazer teatro, não há novidade. Não há a reinvenção.
Vamos meninos, vamos. Se juntem, não esperem. Juntem os seus e formem grupos, unam idéias, proponham coisas, reinventem, se promovam. Se aprimorem e descubram como fazer.
Façam!
E parem de discutir com quem sabe mais.
Difícil. Não sabem o que estão fazendo. Perdidos na ribalta, não conhecem a sua profissão. Ou por serem jovens, rebeldes sem calças de baixo, vivem achando que tem tudo na mente. Mas só as idéias são perfeitas, como todo ideal.
Antes, eu me deparava com velhas frases de veteranos, dizendo que o Teatro era isso ou aquilo, em voz alta... Eu ouvia e pensava que eles estavam com medo de perder o lugar... Mas vejo que se incomodam mesmo em não perder o lugar. Ou se perderem para quem não merece, ou não lutam para tê-lo. Certo que há maldade em alguns. Mas há mais burrice e preguiça dos novatos, dos meus contemporâneos. Vejo um bando desgovernado querendo uma agitação. Vejo um bando esfomeado querendo arte e sem ação. Vejo falta de estrutura, em meio à maconha e à dispersão. Vejo atitudes panfletárias. Observo filósofos sem futuro que na onda da sorte obtém um mínimo trabalho e pensam estar prontos para um mundo talentoso, forte e coeso dos que já conquistaram a fórmula.
E a fórmula é o prazer. É poder ao final de uma hora e meia ao menos, agradecer aos aplausos e saber que você nasceu, viveu e morreu durante aquele tempo. Saber que você em pouco tempo pôde ser brilhante, e ser brilhante no fator de brilho mesmo, de luz e não de grande “dom” ou “talento”. Por favor, ator... “dom” não existe.
Não existe paciência. O teatro é cruel. Inclusive com esses “meias-taças” que não entendem já na velhice que o teatro é jovem, fresco... Mesmo feito por mais de 1000 anos.
Existe um teatro real. Uma vida dedicada a arte. Onde apenas a dedicação e o entendimento podem fazer parte. É preciso uma luta para o teatro se locomover. É preciso compromisso, agilidade e honra. É preciso fazer o que for, e não se enganar, assaltar a sorte.
É preciso violentamente rugir e conseguir o seu espaço, trabalhando! Aparecendo, formulando idéias, vendendo idéias, fazendo a platéia se apaixonar.
O público está morrendo... E não há sementes para plantar. Os atores não gostam de teatro. Porque não o entendem. Os atores não estão sabendo fazer teatro, não há novidade. Não há a reinvenção.
Vamos meninos, vamos. Se juntem, não esperem. Juntem os seus e formem grupos, unam idéias, proponham coisas, reinventem, se promovam. Se aprimorem e descubram como fazer.
Façam!
E parem de discutir com quem sabe mais.
2 comentários:
Achei profundo o conselho: "Pare de discutir com quem sabe mais". É sutil perto do que o grande-alguém disse: "Sei que nada sei".
De frente desta antítese perniciosa, encorajo-me sempre a ficar em silêncio, pois nunca vou saber se realmente sei o bastante.
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P.S.: desculpa a invasão. Adquiri o hábito de acompanhar blogs. Espero que não se importe.
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Obrigado por disponibilizar tão precioso texto. Gostei.
De fato. Mas o que intriga é que esse "grande-alguém" disse que nada sabia justamente por saber demais e certeza ter da importância do saber individual em relação ao coletivo.
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