terça-feira, 10 de junho de 2008

DIA RUIM


Porque você não pega as suas coisas e vai embora? Mas leva tudo. Pra eu não correr o risco de me lembrar. Havia chance.
Eu não preciso que me incomodem mais. Se você é um problema vá, porque já tenho os que me ocupam.
Vá agora e senta lá.
Vai buscar o que é teu. Tua vida ordinária e robusta.
Não quero seus papéis de carta.
Não quero sua lábia evasiva.
Não quero seus sumiços constantes
A dúvida dilacerante de estar ou não com você.
Quero dizer neste arauto
Que eu não quero. Cansei de procurar ver a beleza nas coisas.
Cansei de sorrir pra um bebê com cara de joelho.
De comer coisas terríveis e dizer ter adorado
Cansei de ouvir vozes e não reclamar
Não quero em hipótese alguma ter que falssear minhas condições e presságios.
Quero com amargura dizer que cansei de você, do resto e de todos.
Quero dizer a alguns que não os suporto mais.
É sério.
Quero dizer que meu corpo apresenta fadiga. Cansaço extremo.
To cansado de mentirosos e manipuladores
De vendedores ambulantes
De falsidade sistêmica
Quero dizer aqui e onde eu puder
Que não quero mais isso.
Não quero mais essa gosma
Essa meleca (sic). Se for pra morrer só que seja
Que seja também sem o seu pressupor.
Quero que você vá pro inferno
De todas as formas e se coloque no recanto quente da maneira que melhor for
Não amo. Não odeio. Não quero.
Ai meu Deus. Como eu estou cansado.
E do material humano. Dessa massa louca.
Desse ambiente maligno que se forma a partir de dois corpos.
Estou incomodado. Porque as pessoas estão se matando por bobagens.
Casais querem o poder, absoluto de um ou do outro.
Quero dizer aqui neste arauto
Que meu saco trasborda.
E não é de gozo. Não é esperma. Ah não.
É raiva. E raiva do ser humano.

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse é fhoda, tô sintindo aqui a raiva! uau!

bjO.