quinta-feira, 2 de junho de 2016

quarta-feira, 1 de junho de 2016

segunda-feira, 16 de maio de 2016

segunda-feira, 2 de maio de 2016

quarta-feira, 30 de dezembro de 2015

quarta-feira, 3 de dezembro de 2014

domingo, 23 de fevereiro de 2014

Imagens.



Definição? Não. Na verdade é pela falta de definição que às vezes pode exceder qualquer que seja o limite. Tenho a impressão que estamos tão acostumados com a profusão das imagens nesse século, que não conseguimos compreender a importância imediata de outras características que não o discurso pela imagem. Acho importante a imagem falar, dizer o que é indizível. Todavia às vezes, somente o balanço entre fala e silêncio podem resolver – mas não totalizar - uma obra que se queira chamar de teatral. Teatral no termo mais cheio e mais comprometido de passado possível. Porque eu sei e vós sabeis que o teatro tudo cabe e pode quase tudo, com exceção do que o outro faz (Vos saúdo por isso). E quando só o texto pode dizer? Quando só os imbróglios, os golpes, as texturas, os quiproquós, os melodramas, os chistes, podem resolver? E quando somente e tão somente o brique-braque, o tic e tac de um relógio adiantado pelo porvir/ ou suspense / podem resgatar uma cena do limbo e movê-la para uma fruição de lamber os beiços do ouvido? E quando a interpretação de dois atores, ou vá lá, vinte, colocam você em xeque. Te colocam na mão deles, sem nenhuma imagem. Sem nada. Sem nenhuma imagem em movimento provocada num suporte, mesmo que ele seja rudimentar e não tecnológico.*** Nos mataremos com a imagem de um revolver, uma escultura, um inundamento (sic) bem justificado teoricamente de imagens psico-analisadas e neuro-simbólicas artisticamente selecionadas/criadas/ chovendo de telas “plasmóides” ou projetadas em paredes cinzas – para não atrapalhar a luz? Ou vamos passar três meses numa sala, classificando, juntando, equalizando e fumando escondido para significar algo que já está escrito em diálogo? Ou que não está em palavras, entretanto na aura. *** Isso não é questão.
Sem discussão “julgamentosa”, maniqueísta e muito menos pormenorizada. Acredito que em algum momento da criação da nossa obra devemos temperar isso, transformar|construir| a cena num jogo multifacetado entre o que se vê, o que se ouve, e o que é construído esteticamente, filosoficamente, imageticamente. Onde está o mentir? O farsear? Intenção – fazer fruir|sentir. De fato, talvez tenhamos imperativamente ou por um descuido propositado tudo o que sempre foi, desde os primórdios, com escapadelas costumeiras, corruptelas escorregadias, transgressões e ousadias outras aqui e ali. Bem sucedidas ou não bem quistas. A problemática do teatro é essa, enquanto ele for feito, ele é teatro. Enquanto não o neguem, - afirmativa tão óbvia-. Faz doer.  Mas eu esqueço também, que na tentativa de ultrapassar as barreiras do que o passado deixou fronteiriço, fica ali, o teatro, perdido, em cima de um muro largo e às vezes, somente às vezes sem reboco, o teatro fica querendo aparecer, pular do muro, aqui e ali, e às vezes, ele some. Ou dorme. “Mudifica-se” entre um bloco e outro. Porém, ele – o teatro- pode ficar vívido em imagens que às vezes, às vezes, somente às vezes? Podem não dizer nada. Aperte o “jogo” após o terceiro sinal.

quinta-feira, 21 de novembro de 2013

de certo.

As pessoas tendem a achar que o sucesso delas é o seu insucesso.
Tô falando das pessoas ruins.
Acreditam que se elas ganharam algo, e você foi o perdedor.
Geralmente elas querem o que você é, e não o que você tem.
certa gente também imagina que você cairá e ficará ao chão comendo lama
não, não é assim.
ah, as pessoas ruins
tudo pode acontecer se a humanidade deixar
geralmente acontece - com mais dor - porque certa gente se intromete
tudo pode
essa gente também gosta de fazer intriga
de mentir, manipular
essa gente maldosa também inventa a sua raiva, a sua dor, pura neurose.
gente má que não aguenta ser bom, enxergar o mundo com otimismo.
gente podre que deseja o mal sorrindo.
alma negra que se passa por santa santidade
essência de esgoto, coração de trevas
não se cansam de se fazer de vítimas sem motivo,
de produzir contextos
gente podre. gente esgoto. gente treva. 
não digo que sou bom.
não digo.
tento a cada dia ser melhor,
tento a cada dia não ser ruim.
tendo sempre a me frustrar.  é humano.
tento ser melhor do que certa gente.
de certo.